sábado, 17 de agosto de 2019

O aumento dos investidores de bolsa e a Educação Financeira


O aumento dos investidores na Bolsa e a Educação Financeira


No dia 10 de Junho de 2019 a Bolsa de Valores do Brasil (B3) atingiu 1,1 milhão de pessoas cadastradas, um número que vem crescendo nos últimos anos.




Fonte:B3
Porém, deve-se ressaltar que esse aumento não parece decorrer do aumento da educação financeira. Observa-se muitas pessoas estão entrando na bolsa de valores com promessas de dinheiro “fácil”, algo comum em um período de alto crescimento na bolsa , sendo assim, considera-se que o mercado está com sinais de  de bull market.
                              

Fonte:Google
Além da promessa de dinheiro “fácil”, outro assunto que tem ajudado o aumento de investidores na Bolsa foi a redução da taxa Selic pelo Banco Central. Essa mudança fez com que o rendimento da renda fixa esteja no patamar mais baixo da história. Sendo assim, algumas pessoas acabaram migrando para a renda variável em busca de retornos maiores que o atual nível da renda fixa.
A partir disso, muitas pessoas que tinham a maior parte do seu capital em renda fixa passaram a transferir seu dinheiro para a renda variável. Porém, muitas não estão preparadas para lidar com com as oscilações que a renda variável possui.
Muitas vezes esses investidores iniciantes passam por uma oscilação negativa e realizam esse prejuízo, pois não estão acostumados a ver o dinheiro atual ser menor que o dinheiro inicial. Assim, muitos deles saem da bolsa falando o tradicional discurso de muitos “a bolsa é um cassino” ou então “a bolsa é muito arriscada”, entre outros.
A partir disso, ressalta-se a importância da educação financeira dos Brasileiros, que muitas vezes entram em produtos financeiros que prometem altos retornos sem entender como funcionam esses produtos, e também entender qual é o seu perfil para investimentos, pois se o investidor é uma pessoal altamente conservadora em seus investimentos e passa a investir a maior parte do seu capital na renda variável, ele não está agindo de forma coerente com o seu perfil.
Além da falta de conhecimento de como funciona as ações e o mercado financeiro, temos também o alto nível de propaganda realizadas pelos influencers em todas as redes sociais. Este excesso de informação pode fazer com que os investidores iniciantes entrem em “efeitos manadas” ou até terceirizem sua tomada de decisão, pois este investidor pode ver que determinadas pessoas fazem tal investimento e ele tende a copiar essa pessoa esperando que terá o mesmo retorno.
Assim, tenho refletido sobre o apoio ou não da “ajuda” dos influencers para os diversos investidores iniciantes que estão surgindo ultimamente. No meu ponto de vista , antes de mais nada o investidor tem que entender qual é o seu perfil, para assim entender se ele pode ou não entrar no mercado de ações, depois disso, o investidor teria que entender qual será sua estratégia e a partir disso passar a seguir e estudar pessoas que tenham uma estratégia parecida com a dele, e em seguida começar a realizar análises de empresas que se enquadrem na sua estratégia, se a sua análise coincidir com a de alguém, o mesmo deve filtrar algumas informações pois o processo de análise e de valuation das empresas existe muita subjetividade e cada medida dessa subjetividade muda muito de pessoa para pessoa.
Assim, acredito que o investidor iniciante pode sim seguir, ler e utilizar todo o material que está disponível nas redes sociais, porém o mesmo antes disso tem que identificar sua estratégia e seu perfil de risco para depois começar os estudos sobre o mercado.

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