quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Abordagens e Teorias da Contabilidade


Godfrey et al. (2010) abordam que a melhor maneira para estudar e avaliar as teorias contábeis é classificando de acordo com a sua abordagem, formulações e pressupostos utilizados para explicar e prever os acontecimentos. Assim, os autores separam as teorias nas seguintes abordagens: pragmática, sintática, semântica, normativo, positiva e abordagens naturalistas.
A primeira delas é a abordagem pragmática onde utilizamos da abordagem indutiva para entender a contabilidade, ou seja, se baseia na observação para assim observar procedimentos e princípios da contabilidade. A abordagem sintática não possui nenhuma operação empírica, assim essa abordagem tem base nas entradas do sistema.
Já abordagem normativa, surge durante os anos de 1950 a 1960, essa abordagem traz que para uma teoria da contabilidade ser válida, deve ser mais do que um instrumento de previsão, a teoria também deve manter como uma descrição da realidade que justifica os fenômenos de contabilidade. Essa abordagem tem inúmeras premissas como: a contabilidade deve ser um sistema de medição, lucro e valor podem ser medidos com precisão, entre outros.
Em seguida temos a abordagem positiva, onde o positivismo é uma abordagem onde concentrou-se em realizar testes empíricos em algumas suposições feitas pelos teóricos normativos, a partir disso a maior parte da teoria positiva está preocupada principalmente com explicar as razões para a prática atual e prever o papel de contabilidade e informações associadas nas decisões econômicas dos indivíduos, empresas e outras partes que contribuem para o funcionamento do mercado e da economia.
Assim, a principal diferença entre a abordagem positiva e a normativa é que as teorias normativas são prescritivas, já as teorias positivas são descritivas e explicativas. Por último temos a abordagem naturalista que pode ser comparado com a pesquisa 'científica' de contabilidade onde é mais propenso a agregação dos resultados de testar uma série de hipóteses para formar teorias gerais de contabilidade. Segundo Godfrey et al. (2010) a abordagem cientifica é apropriada quando o comportamento do investido está prevista para ocorrer sistematicamente de acordo com um modelo de eventos e comportamentos.
Riahi-belkaoui (2000) traz outros dois tipos de abordagem, a abordagem comportamental e a de eventos. Segundo Riahi-belkaoui (2000) a abordagem de eventos, sugere que o objetivo da contabilidade é fornecer informações sobre os eventos econômicos relevantes que podem ser úteis em uma variedade de modelos de decisão. Riahi-belkaoui (2000) conceitua a abordagem comportamental como uma abordagem que enfatiza a relevância para a tomada de decisões da informação a ser comunicada e o comportamento individual e em grupo causado pela comunicação da informação.
Godfrey et al (2010) trazem que a pesquisa comportamental na contabilidade pode ser conceituada como: O estudo do comportamento de contadores ou o comportamento de não contadores e como eles são influenciados por funções e relatórios de contabilidade.
Existem diversas razões para a pesquisa comportamental na contabilidade ser importante, Godfrey et al (2010) cita que a pesquisa comportamental na contabilidade pode fornecer informações valiosas sobre as maneiras diferentes tipos de tomadores de decisão produzir, processar e reagir a itens específicos de contabilidade métodos de informação e comunicação, além de fornecer informações úteis para os reguladores da contabilidade.
Após as abordagens o estudo de Kuhn (1972) trouxe que conceito para a teoria da contabilidade é que a teoria da contabilidade é um corpo de afirmações ou proposições ligadas por regras de raciocínio inferencial que formam o quadro geral de referência para a explicação desenvolvimento das práticas contábeis. Hendriksen (1982) corrobora com o conceito trazendo dois princípios gerais para a teoria da contabilidade, o primeiro princípio é que a teoria da contabilidade deve fornecer um quadro geral de referência por meio da qual a prática de contabilidade pode ser avaliada e a segunda é que a teoria da contabilidade deve orientar o desenvolvimento de novas práticas e procedimentos.
Riahi-Belkaoui (2000) aborda a abordagem preditiva que para a formulação de uma teoria de contabilidade utiliza o critério de capacidade preditiva, em que a escolha entre diferentes opções de contabilidade depende da capacidade de determinados métodos para prever eventos que são de interesse para os usuários.
Dentre das maneiras possíveis de fazer estudos com abordagem preditiva temos a análise de dados em painel, para Godfrey et al. (2010) a análise de dados em painel é uma abordagem metodológica estrutural pelo qual as dependências temporais estatísticos em um conjunto de dados pode ser examinado. A partir dessa abordagem podemos prever os lucros futuros das empresas, previsões de pagamento de prêmios de seguradoras, previsões de reações do mercado, dentre outras possibilidades.
Watts e Zimmermann (1986) conceituam que as teorias normativas da contabilidade são quase inteiramente dedicadas ao exame das questões de "o que deveria ser feito e as teorias positivas da contabilidade tentam explicar por que a contabilidade é o que é. Dentre as teorias positivas da contabilidade temos teoria contratual da firma, a teoria da agência, teoria da sinalização e a teoria dos custos políticos.
Godfrey et al. (2010) trazem que a empresa é um nexo legal das relações contratuais dentre os diversos agentes, assim os autores trazem que a empresa existe porque custa menos para os agentes realizarem transações (ou contratos) por meio de uma organização central do que para fazê-lo individualmente. Assim, a teoria contratual da firma serve para mostrar que as empresas são criadas a fim de facilitar as relações contratuais.
Porém, na teoria da agência observamos que dentre de uma mesma empresa/firma, existem diversos problemas de agência, esses problemas de agência são caracterizados por Jensen e Meckling(1976) como um contrato onde uma ou mais pessoas emprega outra(agente) para realizar atividades que necessite de algum poder ao agente, a partir dessas relações surgem os custos de agências que segundo Jensen e Meckling (1976) são a soma das despesas de monitoramento por parte do principal, das despesas com a concessão de garantias contratuais por parte do agente e do custo residual. Assim, a teoria da agência vai tratar principalmente sobre os seus problemas de agência e seus custos de agência. Para saber mais sobre a teoria da agência acesse o link: http://blogolharcontabil.blogspot.com/2018/04/teoria-da-agencia.html
A teoria da sinalização traz que os gestores fornecem voluntariamente informações aos investidores para auxiliar a sua tomada de decisão. A partir disso, Godfrey et al. (2010) trazem que a consequência lógica da teoria da sinalização é que existem incentivos para todos os gestores para sinalizar expectativas de lucros futuros, porque, se os investidores acreditam que sinais vão aumentar os preços das ações e os acionistas serão beneficiados, com o aumento dos preços.
A teoria dos custos políticos traz que a contabilidade pode ser usada para reduzir os custos políticos enfrentados pelas empresas, Godfrey et al (2010) trazem que altos custos de informação surgem porque no ambiente político, a probabilidade de que as ações de um indivíduo afetarão riqueza dessa pessoa é pequena.

REFERÊNCIAS:

RIAHI-BELKAOUI, A. Accounting theory. 4th ed. London: Cengage Learning, 2000.

GODFREY, J.; HODGSON, A.; TARCA, A.; HAMILTON, J.; HOLMES, S. Accounting theory. 7.ed New York: Wiley, 2010.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Contabilidade em regras ou princípios?




Existe uma dualidade de conceitos envolvendo a normatização contábil. De um lado está o Financial Accounting Standards Board (FASB) apoiado em normas com atributos que levam a ser rotuladas como fundamentada em regras e o do outro o International Accounting Standars Board (IASB) caracterizado por ser baseado em princípios. Quais as vantagens e desvantagens de se adotar um ou outro?
As IFRS emitidas pelo IASB têm como principal objetivo padronizar a contabilidade. Essas normas prezam mais pela essência econômica da transação do que a forma jurídica, tendo em vista o pragmatismo das demonstrações contábeis, ou seja, a utilidade da informação para que se tenha dados mais relevantes para os usuários, prezando assim, pela transparência e qualidade das demonstrações. Dessa forma, sugerem um maior julgamento profissional norteando o contador para decidir o que é necessário fazer e como se deve fazer.
GAAP são legislações contábeis de cada país. Geralmente são representadas acrescentando duas letras precedidas da palavra “GAAP” para corresponder ao país a que pertence determinada norma, como no exemplo “US GAAP”, fazendo assim referência a legislação dos USA emitida pelo FASB. Dessa maneira, essas normas são suplementadas por orientações ou guias de implementação e de interpretação determinando como deve ser feito o registro da contabilidade. Primando assim, pela consistência das informações contábeis e favorecendo a comparabilidade, já que há critérios mais específicos para tratamento dos diversos eventos.
O Brasil ao adotar as IFRS vivenciou a transição desses dois conceitos, deixando de estar amparado em uma contabilidade mais apoiada em regras. Muitos profissionais da área, nesse momento, sentiram o impacto dessas mudanças até porque tiveram que reformular tudo o que havia sido aprendido anteriormente para estar a par das atualizações. Vale destacar também, que durante esse processo houve uma maior valorização da figura do profissional contador, já que foi requerido ainda mais a sua avaliação diante das transações.
E qual é a desvantagem de se adotar as IFRS? O grande debate envolvendo essa variável encontra-se no fato de que as empresas ao adotarem essas normas, primando pela representação fidedigna de uma transação, podem ter a possibilidade de perder a comparabilidade e até mesmo a objetividade de informações mais verificáveis, como, por exemplo, deixar de optar pelo custo histórico em decorrência da mensuração do valor justo, tornando possível o gerenciamento de resultados como até fraudes.
Aliás, esse foi um dos motivos para que o USA adotassem essa característica mais voltado para regras, tendo em vista os escândalos ocorridos nos anos 2000. Mas o que será do futuro? Ainda não sabemos, mas o curioso que o FASB e o IASB nos últimos anos tem se juntado, e por isso podemos dizer, que estão mesclando suas normas para tentar preencher lacunas. Um grande exemplo disso é o novo CPC 47 de receitas.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Desafios da pesquisa positivista-quantitativa em contabilidade


 Desafios da pesquisa positivista-quantitativa em contabilidade


    A pesquisa é um processo de descoberta intelectual com o poder de transformar nosso conhecimento e entendimento sobre o mundo que nos cerca (Ryan, Scapens, & Theobold, 2002). A forma como o pesquisador compreende o mundo influencia, por sua vez, o modo como uma pesquisa é desenvolvida. Esta maneira de compreender a realidade que nos cerca está relacionada a posição ontológica do pesquisador, ou seja, como este percebe os fenômenos, físicos ou sociais, que estão sendo investigados (Saccol, 2009). Simplificadamente existem duas posições ontológicas, antagônicas em essência, possíveis de serem adotadas por quem pesquisa: realista ou idealista (Richardson, 2012).
Um(a) pesquisador(a) de ontologia realista enxerga os fenômenos de maneira objetiva, acreditando na existência de uma realidade independente da existência ou da percepção do ser humano (Saccol, 2009). Antagonicamente, um(a) pesquisador(a) de ontologia idealista enxerga os fenômenos de maneira subjetiva, como frutos da construção social (Ryan, Scapens, & Theobold, 2002), no qual o contexto, pensamentos e sentimentos de quem pesquisa moldam a percepção acerca do fenômeno investigado (Saccol, 2009). Em suma, enquanto aquele que adota uma posição ontológica realista enxerga uma realidade objetiva, independente de sua existência, aquele que adota uma posição ontológica idealista enxerga uma realidade subjetiva, cuja existência depende de si.
O direcionamento epistemológico adotado por um pesquisador está, de acordo com Saccol (2009), fortemente associado a estes pressupostos ontológicos (realismo ou idealismo). Enquanto a ontologia trata da forma como se percebe a realidade, a epistemologia trata da forma como se obtém conhecimento acerca dessa realidade (Ryan, Scapens, & Theobold, 2002). Na pesquisa em contabilidade, diversos autores (Brown & Jones, 2015; Dyckman & Zeff, 2015; Oler, Oler, & Skousen, 2010) argumentam que o positivismo é a epistemologia predominante.
De posicionamento ontológico usualmente realista (Gray, 2013), para o pesquisador que segue a tradição positivista a pesquisa em contabilidade tem por objetivo explicar e predizer fenômenos relacionados a informação e a prática contábil (Watts & Zimmerman, 1986). Neste sentido, para os pesquisadores positivistas em contabilidade, a realidade é uma estrutura concreta, objetiva, independente e neutra (value-free), regida por leis gerais sendo possível a quem pesquisa reduzi-la a uma série de variáveis dependentes e independentes, a fim de se identificar relações de causalidade, fundamentando-as em teorias econômicas, em sua maioria (Major, 2017). É devido ao uso de grandes bancos de dados e ferramentas estatísticas que a epistemologia dominante também é conhecida por positivista-quantitativa.
De maneira geral, para identificar estas relações de causalidade, o pesquisador positivista-quantitativa deve elaborar um desenho de pesquisa que permita que a evidência obtida seja suficiente para responder a hipótese inicial da maneira mais inequívoca possível (Vaus, 2001). Neste ensaio, procuro apresentar algumas dificuldades enfrentadas no processo de validação do desenho de pesquisa. Para tanto, vê-se antes necessário compreender, além do objetivo da pesquisa positivista-quantitativa, os desenhos de pesquisa que podem ser empregados pelo pesquisador de tradição positivista-quantitativa. Mais à frente, tratar-se-á dos desafios enfrentados ao validar estes desenhos de pesquisa.
Existem dois desenhos de pesquisa que podem ser empregados na contabilidade: experimental e quase-experimental. Por experimento (experimental ou quase-experimental), entenda-se o procedimento de verificar os impactos de uma variável independente sobre uma variável dependente, ou seja, o procedimento de verificar se existe ou não uma relação de causalidade (Ryan, Scapens, & Theobold, 2002).
Constituindo o delineamento mais prestigiado, por vezes tratado como o “padrão-ouro”, a essência do desenho de pesquisa experimental reside no grau de controle das variáveis que seriam capazes de influenciar o objeto analisado (variável dependente). Em um desenho experimental, o pesquisador tem potencial controle sobre todas as variáveis que podem influenciar o seu objeto de estudo, tornando-se possível eliminar explicações alternativas (variáveis extrínsecas) (Ryan, Scapens, & Theobold, 2002). Para tanto, este desenho exige a existência de um grupo de controle e a aleatoriedade dos indivíduos participantes na pesquisa (Ryan, Scapens, & Theobold, 2002).
Entretanto, este delineamento não é tão comum nas pesquisas em contabilidade que se utiliza, em grande parte, de delineamentos quase-experimentais (Ryan, Scapens, & Theobold, 2002). Os delineamentos quase-experimentais são utilizados quando a distribuição aleatória dos indivíduos participantes e o controle de laboratório são inviáveis (Campbell & Stanley, 1979). Seja um delineamento experimental, seja um delineamento quase-experimental, vê-se necessário validá-lo. Para Oliveira, Walter e Bach (2012), a validade refere-se ao rigor metodológico adotado pelo pesquisador no desenvolvimento de uma pesquisa e procuraria, de maneira geral, convencer o leitor acerca da qualidade do experimento ou quase-experimento realizado. Esta validade pode ser: a) estatística; b) do construto; c) interna e; d) externa (Luft & Shields, 2014).
O primeiro tipo de validade, a estatística, consiste em garantir que a relação de causalidade não advém da violação dos pressupostos dos testes estatísticos empregados pelo pesquisador (Luft & Shields, 2014). Dentre os desafios enfrentados pelo pesquisador, está o de não cometer erros de tipo I (afirmar que existe relação de causalidade, quando não existe) e tipo II (afirmar que não existe relação de causalidade, quando existe). Além disto, é necessário ao pesquisador atentar-se quanto a possíveis erros de mensuração das variáveis do experimento (Ryan, Scapens, & Theobold, 2002).
O segundo tipo de validade, a do construto, está relacionada a operacionalização dos conceitos em variáveis. Esta validade depende do quão bem a variável mensura o que se propõe a mensurar (Luft & Shields, 2014). Steckler e McLeroy (2008) corroboram esta ideia, afirmando que o construto é válido quando as variáveis operacionais representam adequadamente o conceito teórico. Na pesquisa em contabilidade, o desafio surge no momento de operacionalizar certos conceitos, mais abstratos (como nível de conservadorismo contábil); diferente de variáveis como sexo ou idade, menos abstratos, há mais subjetividade neste processo de operacionalização (Ryan, Scapens, & Theobold, 2002).
O terceiro tipo de validade, a interna, procura atestar que a relação de causalidade é dada pela explicação proposta e que outras possíveis explicações não são viáveis, já que foram controladas no desenho de pesquisa (Ryan, Scapens, & Theobold, 2002). De acordo com Luft e Shields (2014), a validade interna logo é maior quando é possível reduzir o número de hipóteses rivais. O desafio do pesquisador reside em garantir que não há variáveis omissas que podem explicar a variação da variável dependente, ou seja, garantir que os fatores exógenos foram, de fato, controlados (Ryan, Scapens & Theobold, 2002). Entretanto, quanto maior o controle, maior o número de dados requisitados e, consequentemente, maior a complexidade do desenho de pesquisa empregado (Luft & Shields, 2014).
O quarto e último tipo de validade trata neste ensaio, a externa, está relacionada a capacidade de generalização dos resultados (Luft & Shields, 2014). A generalização é uma das premissas da pesquisa de tradição positivista-quantitativa, pois é por meio dela que se torna possível predizer fenômenos, pela determinação de leis gerais (Ryan, Scapens, & Theobold, 2002). O desafio do pesquisador reside em evidenciar que a realidade de causalidade não existe apenas no contexto analisado. Entretanto, o desafio do pesquisador, quanto a validade externa, é o tradeoff enfrentado: com menor nível de controle aumenta-se a validade externa e diminui-se a validade interna. Com maior nível de controle, diminui-se a validade externa e aumenta-se a validade interna.
Portanto, o pesquisador que segue a tradição positivista-quantitativa enfrenta uma série de desafios para validar os seus desenhos de pesquisa. Esta validação é necessária para que as relações de causalidade se provem bem fundamentadas.

Referências
Brown, R., & Jones, M. (2015). Mapping and exploring the topography of contemporary financial accounting research. The British Accounting Review, 47(3), 237-261. doi:10.1016/j.bar.2014.08.006
Campbell, D. T., & Stanley, J. C. (1979). Delineamentos experimentais e quase-experimentais de pesquisa. São Paulo (SP): E.P.U.
Dyckman, T. R., & Zeff, S. A. (2015). Accounting Research: Past, Present, and Future. Abacus, 51(4), 511-524. doi:10.1111/abac.12058
Gray, D. E. (2013). Doing research in the real world. London: SAGE.
Luft, J., & Shields, M. D. (2014). Subjectivity in developing and validating causal explanations in positivist accounting research. Accounting, Organizations and Society, 39(7), 550-558. doi:10.1016/j.aos.2013.09.001
Major, M. J. (2017). Positivism and “alternative” accounting research. Revista Contabilidade & Finanças, 28(74), 173-178. doi:10.1590/1808-057x201790190
Oler, D. K., Oler, M. J., & Skousen, C. J. (2010). Characterizing Accounting Research. Accounting Horizons, 24(4), 635-670. doi:10.2308/acch.2010.24.4.635
Richardson, A. J. (2012). Paradigms, theory and management accounting practice: A comment on Parker (forthcoming) “Qualitative management accounting research: Assessing deliverables and relevance”. Critical Perspectives on Accounting, 23(1), 83-88. doi:10.1016/j.cpa.2011.05.003
Ryan, B., Scapens, R. W., & Theobald, M. (2002). Research method and methodology in finance and accounting. London: Thomson.
Saccol, A. (2009). Um retorno ao básico: Compreendendo os paradigmas de pesquisa e sua aplicação na pesquisa em administração. Revista De Administração Da UFSM, 2(2), 250-269. http://dx.doi.org/10.5902/198346591555
Steckler, A., & Mcleroy, K. R. (2008). The Importance of External Validity. American Journal of Public Health, 98(1), 9-10. doi:10.2105/ajph.2007.126847
Vaus, D. de A. (2001). Research design in social research. London: Sage.
Watts, R. L., & Zimmerman, J. L. (1986). Positive accounting theory. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall.