A Teoria das Escolhas Públicas
é uma das teorias que a contabilidade faz uso para fundamentar aspectos
teóricos em suas pesquisas, essa teoria segundo Pereira (1997) evidência que as
decisões políticas e econômicas dos governos estão sujeitas a um conjunto de
poderes repartidos por diferentes agentes com funções diferentes no sistema
político.
Neste sentido, através da figura observamos
que o governante, seja ele a nível municipal, estadual ou do país, sofre influência
desses grupos e também de outros.
Em um período de inicio de governos, observamos
que podem existir diversos casos onde determinado governante pode vir a
recompensar antigos apoiadores com cargos políticos afim de recompensar o apoio realizado no passado.
Hill (1999) aponta três razões básicas
que levam à conclusão que governos podem ser ineficientes.
A primeira delas é o efeito racional da ignorância,
esse efeito vai mostrar que os eleitores terão pouco incentivo para buscar
informações sobre os candidatos/governantes, essa situação pode acontecer devido a falta de mudanças nos candidatos, onde
determinada família troca de cargos, dentre outros possíveis motivos.
A segunda razão é o efeito especial do
interesse, esse efeito vai mostrar que o processo político é favorável a questões que
concentram benefícios a determinados grupos, ou seja, em um processo de eleição que deveria ter como finalidade o bem comum, a eleição tem o foco em determinados grupos.
E a terceira razão é o efeito miopia, esse
efeito mostra que os políticos tendem a apoiar ações que tenham resultado imediato
e que os seus benefícios sejam facilmente reconhecido pela sociedade, inúmeros exemplos podem ser citados
como reformas em parques, pavimentações em ruas, entre outros.
As figuras acima, mostram possíveis casos
relacionados a teoria da escolhas públicas, onde o atual presidente Bolsonaro nomeou o dono da agência que foi vinculada a disparos na eleição para um cargo na sua equipe de transição e a promoção do filho do Vice Presidente Mourão no Banco do Brasil, porém existem outros, em diversos
outros governos, nas três níveis de governo.
Assim, dentro do estudos das teorias da
escolha pública, Cruz (2011) afirmou que os políticos não estão a considerar
primeiramente as necessidades da população, mas sim a vontade deles mesmos,
sendo o fator principal disso é que as decisões públicas são executadas pelos
representantes da população e não pelo povo.
Por fim, temos que essas decisões de
beneficiar determinados grupos podem trazer uma piora na qualidade da informação contábil,
pois o gestor público pode vir a manipular a informação contábil para que a
população não perceba que suas decisões estão voltadas a atender determinado ou alguns grupos de interesse e não a sociedade de forma geral.
E você leitor do olhar contábil conhece outros casos relacionados a essa teoria? Comente aqui.
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